A minha lista de carros: Historial automóvel
No Top Gear no segmento SIARPC acho piada à lista de carros que alguns dos convidados já tiveram. Temos aqueles com um historial fantástico como o Jay Kay e outros que tiveram chasso atrás de chasso e de repente passaram para um Porsche ou Ferrari.
Seguindo a mesma ideia partilho então aqui o meu historial automóvel. A minha lista de carros que já tive não é nada de especial, mas aqui fica.
Peugeot 106 XSI
O meu primeiro carro foi um 106 XSI de 1995. Comprei-o em Março de 2005 logo após ter tirado a carta, na altura queria um GTI mas não tinha dinheiro para um. Vinha mal tratado, mas era o primeiro carro e como o vi baixinho, com a grelha lisa e as jantes do Saxo Cup fiquei logo rendido. Ainda por cima vinha sem catalisador, sem panela central e com a admissão de troféu do Saxo Cup.
Rapidamente percebi que as alterações que tinham sido feitas só serviam para fazer mais barulho e o carro com a admissão original e o escape completo até tinha mais arranque
Era um carro muito nervoso de motor mas bastante estável, e depois de lhe colocar uma barra anti-aproximação ficou com a frente bastante incisiva, era só apontar a frente que ele virava para lá. Foi um bom carro para aprender a conduzir, perdoava muita asneira ao volante.
Gastei bastante dinheiro no carro, dava para ter comprado um GTI em condições e depois vendi-o, era um carro muito desconfortável, não tinha ar condicionado e uma viagem de 20 ou 30 quilómetros já me deixavam surdo. Só o tive durante 10 meses e apenas fiz 11.000km com ele. O rapaz que o comprou abraçou-o a uma árvore pouco tempo depois :roll:
Peugeot 406 Coupé
De um 106 passei para um 406. Este já é conhecido dos leitores mais assíduos do blog, comprei-o a 25 de Janeiro de 2006 com 107.000km (os mesmos que o 106) e vendi-o após 6 anos e meio com mais de 255.000km. Na altura estava à procura de um Celica, mas assim que o conduzi rendi-me.
Este também veio para as minhas mãos com alterações, mas quando o comprei já tinha ideias de o colocar de origem. Tinha uma panela de rendimento e umas jantes de 17" da Masitaly. Encontrei umas jantes de 16" do V6 e coloquei a linha de escape de origem.
Levou muito material de manutenção, corrigi vários problemas que o carro tinha, converti-o para GPL, insonorizei-o e melhorei o sistema de som de origem. Serviu ainda de montra para a Loja dos Alarmes com um Easycar instalado com todos os módulos que estavam disponíveis.
Foi um carro onde me fartei de andar, o que gastei em combustível em 6 anos foi tanto como o valor que paguei por ele. Ainda lhe mudei a correia de distribuição duas vezes, uma aos 120.000km e outra aos 240.000km.
Era um carro bastante divertido de conduzir, apesar da sua filosofia ser mais a de estradista. É um carro com umas linhas fantásticas, ou não tivesse sido desenhado pelo Sérgio Pininfarina. Era relativamente confortável e com a insonorização era bastante silencioso. Conseguia ir de Lisboa ao Porto e voltar sem me sentir demasiado cansado.
No entanto era um carro que se começava a revelar pouco prático. As portas eram enormes e ao contrário de um Avantime, sair do carro em lugares apertados era complicado, e se levasse passageiros atrás era sempre chato ter que sair do carro para entrarem. A caixa manual também já começava a chatear em pára-arranca e como as estradas na minha zona não são as melhores o conforto acabava por sair comprometido.
Citroën C6
A muito custo lá larguei o 406 Coupé e fui buscar um carro que sempre gostei. Aliás, sempre que via um na rua pensava "Aquele vai ser o meu próximo carro". Estava de pé atrás porque só os encontrava a gasóleo mas depois de o experimentar rendi-me, e a 2 de Junho de 2012 lá fui buscar um C6 com 130.700km.
O motor V6 é bastante equilibrado, não tendo vibrações típicas de motores a gasóleo ao ralenti e como o carro até é bem insonorizado não se ouve muito o barulho do motor. É o meu primeiro carro a gasóleo e continuo sem perceber o que os europeus vêm no gasóleo.
Foi um carro que veio em bom estado, antes de o comprar a única coisa que vi que precisava de fazer a mais era mudar os pneus (trazia uns Nexen) e um grande detalhe, porque o carro tinha swirls que se viam à sombra.
É um carro totalmente diferente do 106 e do 406, tem uma filosofia diferente mas adapta-se ao meu uso actual do carro. A suspensão em Sport dá para umas brincadeiras com a caixa em modo sequencial, e até já faço curvas bem mais depressa do que fazia com o 406. Mas o forte deste carro é o conforto.
Acabou por ser vendido com quase 224 mil quilómetros a 17 de Novembro de 2017.
Parece que por mais que procure acabo sempre por ir parar aos carros franceses. Quando comprei o 406 queria um Celica, quando comprei o C6 andei de olho no S80 e no GS450h.
E vocês, qual foi o vosso historial automóvel até agora? Partilhem a vossa lista de carros nos comentários e deixem as vossas impressões sobre as máquinas que já tiveram ou que ainda têm.
Adicionar comentário