O LIDL limita a venda de óleo
Devem estar a pensar "O Eduardo passou-se" ao verem o LIDL e uma garrafa de óleo vegetal, mas já vão perceber porquê...
Estava eu a ler o fórum da Techzone e vi lá um tópico interessante onde um utilizador estava revoltado por terem aumentado o preço do óleo alimentar em quase 100% e por ter sido imposto um limite de 2 unidades por pessoa (6 litros) e a sua preocupação não era de todo alimentar mas sim a falta de combustível para a sua viatura.
Esta moda que sempre fui contra de usar bens alimentares (neste caso óleo vegetal) para combustível já começa a fazer estragos bem sérios! Já o tinha dito aqui no blog e noutros fóruns que visito, mas diziam sempre que eu estava a ser pessimista e que estes produtos como vinham da terra era inesgotáveis e não eram poluentes.
Já me tinha apercebido da fragilidade que era usar óleo vegetal directamente como combustível ao ver os aumentos no óleo alimentar, agora o mesmo se passa com o pão onde temos produtores a produzir cereais para combustível e a deixar o fim alimentar de lado. E se a nós que até temos computador e acesso à internet estes aumentos não nos afectam tanto, às pessoas com menos posses (principalmente os idosos com reformas baixas) comprar pão passou a ser possível apenas dia sim dia não.
Tudo bem, queremos combustível barato, mas vamos passar fome por causa disso? Vamos obrigar terceiros que nem carro têm (e se for preciso nunca viram um) a passar fome para que não nos falte combustível para ir passear ao fim de semana com os cabelos ao vento?
Já o disse várias vezes e aplaudo de pé quem faz uso do óleo alimentar usado para combustível, já foi usado para o fim que lhe foi destinado e pode ser assim reutilizado para combustível, sendo a sua poluição inferior ao ser queimado para produzir energia do que ao ser deitado pelo cano abaixo ou ir parar ao caixote do lixo dentro da garrafa.
Os biocombustíveis são um erro que já estamos a pagar bem caro, mas a palavra bio faz muita gente ficar cega ou com palas nos olhos.
Os meus parabéns ao LIDL por limitar a venda deste produto alimentar para que, apesar de mais caro, chegue para toda a gente e não seja usado indevidamente como combustível. É que sem o carro passo eu bem, já sem alimento é mais complicado...
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