O motor de combustão já chegou ao fim e nem nos apercebemos
Só existe uma razão para preferir um motor a gasolina em vez de um eléctrico: o barulho!
Mas numa era de turbos e filtros de partículas, em que um Lamborghini pode andar alegremente em cidade sem fazer barulho ou que é possível ver uma corrida de F1 sem ficar surdo, será que ainda faz sentido?
Se nunca vibraste a ouvir um Countach com um escape da Kreissieg, um GranTurismo a ligar ou um LFA a desaparecer no horizonte este artigo não te vai fazer grande sentido.
Para os restantes que gostam de carros vão perceber que os dias de glória do motor a gasolina chegaram ao fim.
Quando se fala constantemente de um Ferrari poder ser o último V12 atmosférico da marca e a oferta ser maioritariamente V8 com turbos, versões híbridas e com filtros de partículas, algo está mal. Por causa das emissões o som dos automóveis sofreu.
Ainda me lembro quando a F1 passou dos V8 para esta nova era dos V6 com turbo e de repente nas transmissões televisivas era possível ouvir os pneus a chiar. Os carros praticamente não faziam barulho.
Antes que os eco-terroristas me ataquem, ninguém vai sentir falta dos Saxo Cup com linhas directas, isso era ruído. Um Saxo Cup é Skrillex, é giro uma vez ou duas, um LFA é Enya, podemos ouvir todos os dias, é uma obra de arte.
Sou completamente a favor dos carros eléctricos, até porque nas nossas estradas só se ouvem é tractores urbanos, e o silêncio é bem vindo. Mas é uma pena que bons motores a gasolina tenham chegado ao fim, e que no futuro seja cada vez mais raro ouvir uma boa máquina num passeio de fim-de-semana.
Adicionar comentário