Portugueses são mais parecidos com o Senna do que o Hamilton
O Lewis Hamilton calado é um poeta. É um piloto de que não gosto por ser demasiado convencido e não ter noção das palavras que lhe saem da boca. A última saída infeliz dele foi dizer que nunca teve que fazer o mesmo que Schumacher fez para ganhar campeonatos, ganhou os dele com a sua habilidade natural.
E é verdade, ele nunca teve que melhorar uma equipa para começar a ganhar campeonatos. Aliás, a própria Mercedes onde corre deve muito a Schumacher e a Ross Brawn, as mesmas pessoas que tiveram um papel decisivo em fazer da Ferrari uma equipa imbatível.
E não vamos falar do título que ganhou pela McLaren, espero sinceramente que ele envie todos os anos uma prenda de natal generosa para Timo Glock.
Hamilton sempre se gostou de comparar a Senna e de se auto intitular como o novo Senna, mas na realidade, nós portugueses, somos mais parecidos com o Senna a conduzir no dia-a-dia do que o é Hamilton na pista. Ora vejamos.
Somos os campeões a furar filas e a saltar de faixa
Senna disse "And if you no longer go for a gap that exists, you are no longer a racing driver", que em português é algo como se existir um espaço e não o usarmos para passar já não somos um piloto.
Nós portugueses somos campeões nisto. Se existe um espaço numa fila de trânsito alguém se vai lá meter. Se a fila do lado está a andar mais depressa, vamos saltar para lá, e depois novamente para a fila onde estávamos porque começou a andar mais depressa novamente.
O Lewis por cá ia passar a vida a reclamar que alguém se tinha metido à frente ou que não lhe deixavam espaço para passar, enquanto empurrava outros condutores para fora da estrada.
Conduzimos à chuva como se estivesse sol
Senna era o mestre da condução à chuva, era quase como se não estivesse a chover.
E nós, portugueses? Está a chover e continuamos a fazer curvas apertadas a abrir, a circular a 200km/h nas auto-estradas como se estivesse um dia de Verão. E ainda o fazemos com uma mão no volante e outra na manete das mudanças.
Não precisamos de bons carros para sermos rápidos
Mesmo com carros inferiores à sua competição Senna era imbatível. Caso do McLaren MP4/8 que conduziu em 1993.
Em Portugal o que não faltam são carros com pouca potência a fazer o trabalho de grandes. Quem nunca viu um Smart a 140 numa auto-estrada ou um simples utilitário a cortar curvas que faziam um Ferrari corar?
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