Tecnologia sem sentido nos automóveis novos
Ao ver um programa da NBC sobre o salão de Detroit fiquei a pensar que estamos a usar tecnologia sem sentido nalguns automóveis. O programa era terrível, só falavam dos carros americanos e parecia que estavam a debitar as press-releases. O que me chamou a atenção foi os equipamentos que estes carros agora trazem.
Qualquer carro tinha como novidade os LCD's e touchscreens, ter chamadas de mãos livres, rádios com comando por voz e por aí fora.
Um carro com um ecrã de 7" pode ser interessante, mas não é como touchscreen. Já experimentaram manusear um telemóvel touchscreen sem estar a olhar para ele? Quando tinham teclas eu até escrevia SMS sem olhar para o telemóvel, tal como estou a fazer agora enquanto estou a escrever, não olho para o teclado.
Então num carro ter um touchscreen para controlar tudo e mais alguma coisa é contraproducente. Pior mesmo só um concept que apresentaram que até os controlos para abrir e fechar os vidros eram por touchscreen. Eu abro os vidros do meu carro sem procurar pelo botão e quando lá tenho o dedo o meu tacto diz-me se estou a controlar o vidro certo e sei que tipo de movimento tenho que fazer para abrir ou fechar o vidro. Numa altura que os filmes em 3D estão na moda queremos passar para controlos em 2D.
Preocupa-me um pouco que um carro, onde precisamos de ter os olhos na estrada, comece a ser operado por touchscreens a torto e a direito. Faz muito mais sentido um sistema como o iDrive da BMW ou o MMI da Audi. Embora sejam complicados de usar ao início têm um feedback em termos de tacto que um touchscreen não tem e não nos obriga a inclinar para o meio do carro para carregar numa opção. E se o iDrive já tem as criticas que tem, imaginem sistemas totalmente touchscreen.
Mas lá está, no programa só falaram de carros dos 3 grandes de Detroit, pode ter sido esse o problema.
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